Destruído em setembro deste ano por um incêndio de grandes proporções, o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, é uma das instituições culturais de maior importância do país - sendo, inclusive, referência internacional em pesquisas. Parte preciosa de seu acervo foi, lamentavelmente, destruído pelas chamas, no entanto, apesar da imensurável perda, o público pode agora visitar algumas das galerias através de um passeio virtual com imagens em 360°, divulgado hoje pela Google.
A iniciativa da Google Arts & Culture, que tem parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Ministério da Educação, traz imagens 164 peças atingidas durante o incêndio de 2 de setembro, entre elas o famoso crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas, a réplica de Titanossauro e o Meteorito de Bendegó, maior meteorito já encontrado no Brasil, pesando 5.260 quilos.
"Nos meses que se seguiram ao incêndio, inúmeros apoios ao museu surgiram, com muitos chamando o incidente de uma 'tragédia cultural'. O que está claro é que não é o fim do museu. 'O Museu Nacional vive!'", disse o diretor da instituição, Alexander Kellner, na página do tour virtual.
As imagens do passeio virtual foram registradas em 2017 por meio do Museum View, ferramenta que permite explorar internamente museus de diferentes partes do mundo. Os visitantes podem conhecer os espaços e artefatos do Museu através da tela do computador, dispositivo móvel ou, para uma experiência ainda mais imersiva, com óculos de realidade virtual. O passeio é acompanhado de narração em português, inglês ou espanhol.
Com o lançamento do passeio virtual, a Google Arts & Culture mostra que a relação entre instituições culturais e a esfera digital não constitui, necessariamente, uma ameaça às primeiras pela redução do número de visitantes, e que, embora o tempo não possa andar para trás, o público pode agora ter acesso a parte significativa da história humana e natural do Brasil - que de outro modo permaneceria reduzida às cinzas.
Acesse o passeio virtual pelo Museu Nacional, aqui.
Fonte: Google Arts & Culture e Gizmodo.